MULHERES NA ORTOPEDIA

     
 

Mulheres na Ortopedia: conheça a Dra. Maria Helena Costa Vieira

Dra. Maria Helena Costa Vieira
Campo Grande – MS

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Atualmente, a ABTPé conta com 718 associados. Destes, 60 são mulheres (8,35%), o que torna a cirurgia do pé e tornozelo a terceira subespecialidade ortopédica com maior número de mulheres no Brasil. A trajetória destas mulheres serve de inspiração para muitas que ainda estão em dúvida quanto a que caminho deverão percorrer, muitas vezes por receios, dúvidas, inseguranças e questionamentos comumente associados a profissões predominantemente exercidas por homens. Com base nisso, apresentamos a atual diretora da regional Brasil Central da ABTPé – Maria Helena Costa Vieira, pioneira na cirurgia do pé e tornozelo no Mato Grosso do Sul, que compartilha conosco um pouco de sua história, rotina, desafios e percepções sobre a especialidade:

“Sou médica ortopedista há 15 anos. Subespecialista em Cirurgia do Tornozelo e Pé. Fui a primeira residente mulher do serviço de Ortopedia e Traumatologia do HUMAP - UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Realizo meu trabalho em Campo Grande (MS), no próprio HUMAP-UFMS, como preceptora da residência de Ortopedia. Faço parte também do Grupo de Ortopedia da Santa Casa de Campo Grande, realizo atendimentos no consultório e na APAE. Além da capital, realizo atendimentos ambulatoriais e cirurgias de pequeno e médio porte há vários anos em Ribas do Rio Pardo (MS).

Na minha experiência profissional observei, em alguns momentos, um certo olhar de dúvida por parte de pacientes por ser mulher, mas nada que me deixasse constrangida. E o mais prazeroso era ser reconhecida, muitas vezes com presentes, pelo trabalho realizado. A mulher tem um jeito de cuidar diferente do homem, não que seja melhor ou pior, apenas diferente, e alguns pacientes gostam muito disso.

A participação da mulher na ortopedia vem se tornando cada vez maior com o passar dos anos. Como exemplo, tivemos três mulheres na residência no HUMAP-UFMS no ano passado, uma em cada ano da residência. Acredito que esse aumento se deve a diminuição do preconceito, não só na ortopedia, mas em outras áreas em que a mulher também vem ocupando espaço, por mostrar cada vez mais suas habilidades e competência”.