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Artigos cientÃficos: Journal of the Foot and Ankle
É sempre uma satisfação poder compartilhar com os colegas da ABTPé a trajetória de nossa revista, a Journal of the Foot and Ankle, que vem pouco a pouco se aproximando de seu objetivo maior, que seria atuar como uma importante “via alternativa” para todos os pesquisadores que desejassem tornar públicas suas observações, ideias e descobertas na especialidade da Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé. O resultado da fusão entre as revistas brasileira e latino-americana não poderia ter sido mais promissor. Contamos agora com dez sociedades nacionais associadas ao projeto da revista e aguardamos pela participação de várias outras que ainda dependem da aprovação de suas diretorias para essa integração. Estamos em franca atualização do corpo de revisores, consultores e editores associados, privilegiando os profissionais ligados a serviços universitários ou a hospitais que ofereçam cursos de aprimoramento e especialização em Tornozelo e Pé. Com essa visão, aproximamos os jovens especialistas da pesquisa e da produção científica ao oferecer-lhes a oportunidade de consultar, ler e publicar seus próprios trabalhos sob orientação especializada. A aproximação com as nações europeias de língua portuguesa e hispânica, ao criar uma ponte entre os dois mundos, oferece um olhar diversificado e dinâmico sobre os assuntos de nossa especialidade. Desde o início de 2020 até o presente momento, o Brasil foi responsável por 57% dos trabalhos publicados. A Argentina e os Estados Unidos da América publicaram 11% dos trabalhos cada um; a Espanha, 8%; México, Chile, Colômbia, África do Sul e Portugal ficaram com 2% cada e a Venezuela e França com apenas 1% dos trabalhos publicados cada uma. Dentro do Brasil, o estado de São Paulo foi responsável por 50% dos trabalhos publicados, seguido de Minas Gerais com 20% e Paraná com 7%. Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul publicaram cada qual 5% dos trabalhos, seguidos pela Bahia com 4%. Os estados do Espírito Santo e Pernambuco foram responsáveis por 1% dos trabalhos publicados cada um. Era sobre tudo isso que versavam nossas discussões sobre a importância e o porvir de uma revista científica representativa e de importância no cenário em que vivemos. Continuamos a ter difíceis barreiras a transpor. Temos que publicar 60 artigos ao ano para pretender alcançar a indexação de nosso periódico, mas, ao mesmo tempo, temos que nos esmerar nos critérios de seleção dos trabalhos de modo a atingir os níveis mais elevados de qualidade científica. Nosso índice de rejeição de trabalhos vem aumentando ao longo do tempo (0.13 em 2020, 0.16 em 2021 e 0.19 em 2022), o que indica a utilização de maior rigor na avaliação – o que repercute na qualidade e no impacto da revista. No entanto, ainda distamos anos-luz das publicações mais respeitadas do mundo, em que esse índice gira ao redor de 0.90 (ou 90%). Mas sonhar não é pecado. Contamos com a ajuda de todos. É importante que cada um de nós se esmere em colecionar, organizar dados e observações de nossos pacientes de forma a poder compartilhar os resultados com a comunidade científica local e mundial. Faz parte de nossa missão, como médicos, atenuar o sofrimento dos pacientes e melhorar suas condições de saúde... isso também inclui a criteriosa avaliação das formas de tratamento adotadas, a diligente coleção dos dados e sua análise imparcial. Depois disso, ao invés de reter para si próprio o conhecimento adquirido, é importante compartilhar com todos suas observações. Estimule seus alunos, residentes e colegas a iniciar um trabalho científico. Pense e repense... escreva e submeta seu trabalho. Teremos o maior prazer em receber suas ideias e colocá-las em discussão. Quando aprovadas, será um júbilo para todos nós, vermos seu trabalho publicado.
Prof. Dr. Alexandre Leme Godoy-Santos Editor Chefe
Prof. Dr. Caio Augusto de Souza Nery Editor Adjunto
Editora Técnica
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